domingo, 19 de junho de 2011

Sobre a figura...

Quando vi a figura, comecei a rir, pensei "Valha, se eu pudesse fazer isso com todo mundo, ou se pudessem fazer isso comigo!", não é à toa que falam que eu tenho um parafuso solto, rs. Pois bem, a verdade é que não é tão simples assim consertar as coisas da cabeça das pessoas, até mesmo porque nossa cabeça não é uma máquina, com elementos estanques, estruturas previsíveis e passível à troca de peças.
Se eu tivesse que visualizar nosso raciocínio seria uma caixinha cheia de luzinhas de milhares de cores, se conectando umas com as outras, sem mapa específico, sem pontas...um caos organizado. Afinal de contas, essas luzinhas representariam todas as revistas que a gente leu, todas as vozes que escutamos, os traumas e alegrias que tivemos, as imagens por onde passamos, as pessoas com quem convivemos, nossa!, não dá nem para listar o que pode haver dentro da nossa cabeça, só sei que é muito maior e mais complexo do que uma maquinaria.
Não há um manual de instruções, mas alguns processos podem ser padronizados, ou seja, há uma linha de normalidade que muitos autores já pesquisaram e chegaram até a considerar os universais linguísticos. Críticas à parte, já se sabe que há caminhos pesquisados de aquisição, aquisição de léxico, aquisição fonológica, morfológica, sintática, pragmática e por aí vai...
O professor não é um técnico das luzinhas e, talvez, ele não consiga fazer com que as luzinhas funcionem da forma como ele quer, mas se ele observar como elas funcionam, (ou se estudar sobre pessoas que já fizeram essa observação) talvez ele possa direcionar sua ação de forma a fazer com que as luzinhas se liguem mais, se tornem mais brilhantes e quem sabe, até com que sejam mais econômicas.
Esse meu papo de luzinha pode ser muito hippie, mas quis falar por meio da metáfora sobre as teorias e processos de aprendizagem dos quais um professor precisa estar ciente para trabalhar. 
Até onde sei, ainda não há uma teoria ou uma fórmula que dê conta das propriedades intrínsecas e extrínsecas de todos os indivíduos, então, o que nos resta é conhecer o máximo possível do que já foi estudado, juntar isso ao nosso feeling de professor (presumindo que somos vocacionados para essa função) e apliccar o que é melhor para o aluno, dirigindo-o também para o autoconhecimento de seu processo de aprendizagem. Se isso vai resolver os problemas do mundo, não sei, mas alguém tem que tentar!




3 comentários:

  1. Nossa, Liliane, amei a maneira como você expôs seu discurso! Você foi bem clara em suas palavras, e a metáfora utilizada foi perfeita para fundamentar sua ideia. Congratulations!

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  2. Pelo início eu já sabia que esse texto era da Liliane (a história do parafuso solto, rsrsrs)! Mas achei bem legal também!

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  3. Pois é Isa, dizem...rsrs

    Obrigada Aline, espero que alguma luzinha tenha brilhado...

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