quarta-feira, 29 de junho de 2011

Avaliar: O que é? Como se faz?




Gostaria de aproveitar a oportunidade dessa reflexão para comentar um pouco as considerações do samuel na postagem da Alina logo abaixo, como sempre bastante embasadas. Tenho a concordar que que existem determindadas posturas que não favorecem um processo sadio de aprendizagem. a avaliação mais que um momento, dever ser processual, e isso não deve estar somente presente em nosso discurso, mas em nossa prática, quando falo prática também quero dizer estudos, pois será através deles que práticas e instrumentos novos poderão surgir.

Observando a figura podemos ter vários tipos de interpretação, como ficou claro nas postagens abaixo, alguma podem ser positivas, outras negativa, mas todas elas são fazem sentido em nosso dias se levarmos em consideração novas posturas, que não sala de aula devem ser atualizadas, principalmente a de que os sujeitos envolvidos no processo encsino-aprendiazagem, a saber professor e aluno, são parceiros, e como tais são contribuintes um do outro, claro que por razões óbvias, os professores são parceiros mais experiêntes que nesse caso tem a função de mediar, servir de elo indicador entre as possibilidades de aprendizagem e os alunos.


Retorno agora á postagem do samuel, quando o mesmo professor questionou a idéia de se avaliar competências, talvez não posaamos considerar esse tipo de avaliação se cremos que a competência avaliada é a do pareceiro menos experiente, não somos aprendizes mutuamente, não nos avaliamos mutuamente, então não avaliariamos e ajudaríamos a desenvolver nossas competências mutuamente? Talvez Samuel a frase "Ele(a) sabe", possa fazer algum sentido se vier acompanhada de um grande e profundo interesse por despertar de conehcimento e abertura para despertar de seu próprio conhecimento por parte do outro.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Refletindo sobre avaliação


Comparando a figura com práticas avaliativas, e considerando o caráter formativo da avaliação, eu diria que temos um professor verificando, observando atentamente o cérebro do aluno, para uma possível análise do resultado de sua ação pedagógica. A ferramenta na mão dele pressupõe a utilização de técnicas, instrumentos e procedimentos que são utilizados na avaliação da aprendizagem, e que ele teria na mão uma “ferramenta” necessária para, após a análise de seus resultados e dos resultados dos alunos, intervir em sua prática pedagógica, visando melhorar a aprendizagem do aluno. Ressalto que minha análise só faz sentido se o processo de avaliação buscar benefícios para os sujeitos que dela participam (alunos e professores) permitindo, consequentemente, uma melhor organização do trabalho pedagógico, já que “Avaliação é aprendizagem; enquanto se avalia se aprende” (VILLAS BOAS,2009).



Avaliação



A questão da avaliação é muito ampla. Se vista apenas como produto final, como o resultado de uma série de conhecimentos apreendidos, a figura escolhida demonstra bem a situação. Alguns professores, por se acharem detendores do conhecimento, acreditam que o ensino se dá desta forma e esperam um resultado satisfatório de tudo o que fizeram. A ferramenta para abir a cabeça do aluno demonstra que este último é um ser passivo, que não reage diante do seu mestre. Infelizmente ainda há quem veja a educação e a avaliação desta forma, o que demonstra o pouco preparo de alguns profissionais do ensino.


Por outro lado, a avaliação deve ser vista como um processo contínuo e deve ser empregada também de forma contínua. O professor deve assumir uma postura mais colaborativa, ter em mente que ele é apenas parte do processo e que cada indivíduo aprende de forma individual.

domingo, 19 de junho de 2011

Figura errada!

Educação representada? NÃO! De forma alguma!!! Nem se estivéssemos nos referindo a uma educação tradicional e com bases em uma epistemologia estruturalista, acho que poderíamos interpretar esta figura como sendo algo que sugira educação.

Já, se pensamos em algo como formação, aí sim, podemos pensar que a figura se ajuste. E não seria estranho pensar no Vigiar e Punir foucaultiano para esta gravura: seja na instituição penitenciária, escolar, religiosa, etc.    
Ou seja, ser induzido a fazer o que nos impõem sob a "desculpa" de ser reinserido à sociedade, estar preparado para assumir uma posição na vida, ou agir conforme os ensinamentos de uma divindade que nos protege de alguma forma, respectivamente.

Não acredito que estejamos a falar de educação nesses casos. E em nada, essa figura deve representar aquilo que motiva nossas ações em educação, seja ela EaD ou presencial.

O MEU OLHAR É NÍTIDO COMO UM GIRASSOL...

PENSEI EM COMPARTILHAR COM VOCÊS ESSA POESIA DE FERNANDO PESSOA

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…

Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914

Acredito que ensinar é estar aberto a essa novidade e permitir que outros estejam...

PENSAR CRÍTICO

Para Freire, o diálogo somente acontece quando todos os sujeitos envolvidos são capazes de fazer do ambiente onde estão inseridos, um lugar de exercício do pensar verdadeiro, o qual ele chama de pensar crítico que se modifica diariamente, permitindo-o que. Pensar criticamente estabelece-se no compreender que estamos inseridos num VIR-A -SER constante. É olhar o mundo com a sensibilidade de que todos somos parte desse mudança dinâmica.

ESPERANÇA

O professor, como elo de ligação entre alunos e saberes, precisa compreender que o mundo e o conhecimento são produtos inacabados, e como tais, estão na verdade sendo construído processualmente, dessa forma, o princípio da esperança deve ser compreendido como consciência de que todos os sujeitos podem construir o mundo ao seu redor, ao passo que se constroem de forma dinâmica e diária.

FÉ NOS HOMENS

O homem é capaz de fazer, refazer, criar, recriar. O professor precisa acreditar que todos são capazes de serem mais, cada um a seu tempo. Nesse processo de ensino e aprendizagem, a oportunidade é dada a todos, oportunidade de desenvolvimento e posicionamento crítico. Dessa forma os sujeitos envolvidos tornam-se capazes de transformar a realidade

HUMILDADE

A humildade aparece no pensamento freireano como a capacidade de se colocar como quem sente um profundo respeito por aquilo que o outro é capaz de ralisar. Ouvir o outro e respeitar o que ele tem a dizer é uma forma de garantir que todos aprendam juntos e mutuamente. Aprende-se então com a humildade que as diferenças são saudáveis e que é através delas que os sujeitos são capazes de desenvolver coletivamente.

Pilares Freireanos para uma educação dialógica



Paulo Freire acredita que a educação deve acontecer com base em 5 pilares essenciais que garantiriam um processo de ensino aprendizagem eficiente.
São eles:

AMOR
Para Freire, o professor somente conseguirá se ver livre de uma educação em que ele é o detentor do conhecimento e que será ele quem preencherá o outro com informação e aprendizagem, somente quando ele nutrir uma amor por seus alunos, uma amor libertador, que fará dele e seus alunos, companheiros de aprendizagem. Nessa perspectiva, não há dominação, mas partilha. Na EaD, todos são convidados a contribuir para o aprendizado de todos. Somos responsáveis uns pelos outros. Enquanto não tivermos consciência disso em nossa prática, não haverá diálogo.



Papeando...




O bate-papo como ferramenta pedagógica requer um processo de planejamento bastante elaborado com o intuito de evitar maus entendidos com relação à sua importância e função.
É necessário que os objetivos do chat sejam previamente definidos para que que se possa avaliar sua função e seus alcances. Que tipo de chat então será realizado? Para que? Quem são os sujeitos participantes? Uma vez traçados esses objetivos, é importante fazer com que os sujeitos envolvidos nesse processo tomem conhecimento dos mesmos assim a participação dos mesmos poderá ser incentivada com maior consciência. Dicas de como a comunicação na sala deve acontecer podem ser enviadas para os alunos, assim pode-se favorecer um ambiente mais agradável com possibilidades de interação iguais para todos.

Como em todos os outros momentos do curso, no ambiente virtual, o incentivo à participação de todos deve ser desenvolvido pelo professor, através da chamada e orientações prévias para a participação de todos, perguntas direcionadas, solicitação que uns respondam ás indagações do outro, também pode ser uma excelente iniciativa.

O bate-papo ainda pode ser considerado pelos alunos, uma ferramente de pouca importância, o que talvez se deva ao fato da origem do gênero estar relacionada a uma prática pouco acadêmica, mas se o professor discutir com os alunos sobre o valor dessa ferramenta no processo durante o curso, marcar datas previamente, indicar propostas de interação e oferecer acesso aos assuntos a serem discutidos, a construção de um diálogo mais eficiente na sala da bate-papo.

É importante que todos os sujeitos participantes do ensino online tenham consciência de que todos são responsáveis pela constante elaboração do conteúdo do ambiente e por conseguinte da aprendizagem do outro.

Papeando...

SETTING GROUNDRULES


Hi everyone!


Penso que uma das coisas mais importantes para o bom andamento do chat é que sejam estabelecidas as regras de participação logo na aula presencial. Material ou tema que será discutido, critérios de avaliação, comportamento durante o chat, horários e grupos que irão participar (caso a turma seja numerosa). Pois penso que muitas vezes algumas atividades não funcionam bem por falta de instruções claras.

Outro ponto importante é deixar que os alunos 'brilhem' durante o chat. Acho importantíssima a presença do tutor, sua participação, mas muito mais eficiente seria um chat onde os alunos discutissem suas idéias e o tutor não fosse aquele quem tem todas as respostas. Criando inclusive um ambiente de liberdade, onde os alunos se sentissem confortáveis para expressar sua opinião sem medo de serem repreendidos por não

ter a resposta certa. Não um ambiente de desordem, onde ninguém ou todos tem razão, mas onde, com 'jeitinho', o tutor vai conduzindo os alunos ao aprendizado, questionando-os, levando-os ao pensamento crítico.


Breves reflexões sobre os pressupostos de Freire.


AMOR


Na tarefa do professor de uma maneira geral, penso que o amor é a força que nos leva a sair de nós, da nossa comodidade, do nosso conforto, para buscar o que é melhor para o(s) aluno(s). Sem amor, não há compromisso, e sem compromisso não há ação. Já discutimos aqui as inúmeras dificuldades que enfrentamos na nossa profissão. Então como permanecer motivados diante de todas elas? Amando, apenas. Amando a educação, amando a perspectiva de contribuir para a construção de um mundo melhor.


FÉ NOS HOMENS



Intrinsecamente ligada ao AMOR, a fé é o que nos faz dar passos, porque sem perspectiva, sem a esperança de que podemos fazer a diferença, cada atitude se esvazia de sentido. Precisamos acreditar que o ensino a distância tem futuro, que os alunos podem sim aprender uma língua estrangeira, que eles podem aprender a ser mais independentes. Senão, o que estamos fazendo aqui?


HUMILDADE


Agora, às vezes podemos colocar nossas esperanças, compromisso e amor em algo, e não dar certo. Aí é onde entra a humildade de perceber, reconhecer nossos erros. Depois? Pedir ajuda, dialogar com colegas e alunos, buscar soluções, mas não isolamento.


PENSAR CRÍTICO


Acho que esse é um grande desafio. Mudar a mentalidade de ‘resposta certa’, alunos que esperam ansiosamente que anotemos tudo no quadro, eles anotam e se preparam para o teste, onde precisarão apenas reproduzir o que anotaram. Fazer pensar é extremamente difícil, mas é esse o nosso alvo. Mas como alcançar isso? Sempre tento dialogar com os alunos na aula inicial sobre o que é o ensino a distância, o que é exigido deles, o que implica aprender uma língua estrangeira. Fazê-los perceber que precisam se comprometer, gastar tempo e esforço nisso, penso que já é um começo.


Abraços!

Sobre a figura...

Quando vi a figura, comecei a rir, pensei "Valha, se eu pudesse fazer isso com todo mundo, ou se pudessem fazer isso comigo!", não é à toa que falam que eu tenho um parafuso solto, rs. Pois bem, a verdade é que não é tão simples assim consertar as coisas da cabeça das pessoas, até mesmo porque nossa cabeça não é uma máquina, com elementos estanques, estruturas previsíveis e passível à troca de peças.
Se eu tivesse que visualizar nosso raciocínio seria uma caixinha cheia de luzinhas de milhares de cores, se conectando umas com as outras, sem mapa específico, sem pontas...um caos organizado. Afinal de contas, essas luzinhas representariam todas as revistas que a gente leu, todas as vozes que escutamos, os traumas e alegrias que tivemos, as imagens por onde passamos, as pessoas com quem convivemos, nossa!, não dá nem para listar o que pode haver dentro da nossa cabeça, só sei que é muito maior e mais complexo do que uma maquinaria.
Não há um manual de instruções, mas alguns processos podem ser padronizados, ou seja, há uma linha de normalidade que muitos autores já pesquisaram e chegaram até a considerar os universais linguísticos. Críticas à parte, já se sabe que há caminhos pesquisados de aquisição, aquisição de léxico, aquisição fonológica, morfológica, sintática, pragmática e por aí vai...
O professor não é um técnico das luzinhas e, talvez, ele não consiga fazer com que as luzinhas funcionem da forma como ele quer, mas se ele observar como elas funcionam, (ou se estudar sobre pessoas que já fizeram essa observação) talvez ele possa direcionar sua ação de forma a fazer com que as luzinhas se liguem mais, se tornem mais brilhantes e quem sabe, até com que sejam mais econômicas.
Esse meu papo de luzinha pode ser muito hippie, mas quis falar por meio da metáfora sobre as teorias e processos de aprendizagem dos quais um professor precisa estar ciente para trabalhar. 
Até onde sei, ainda não há uma teoria ou uma fórmula que dê conta das propriedades intrínsecas e extrínsecas de todos os indivíduos, então, o que nos resta é conhecer o máximo possível do que já foi estudado, juntar isso ao nosso feeling de professor (presumindo que somos vocacionados para essa função) e apliccar o que é melhor para o aluno, dirigindo-o também para o autoconhecimento de seu processo de aprendizagem. Se isso vai resolver os problemas do mundo, não sei, mas alguém tem que tentar!




Participando de chat sem ficar chateado!

De acordo com relatos publicados em nossos fóruns até agora, pude perceber que a ferramenta chat ou bate-papo é vista por nossos alunos como algo entediante, ou desnecessário ou confuso. Acredito eu que, em maior parte, essa má impressão se deva ao desconhecimento das vantagens de tal ferramenta para a aprendizagem.

De certa forma, o chat e o fórum se assemelham no sentido de formar um ambiente de trocas de informação entre os participantes, a diferença é que o chat é sínccrono, e o fórum, assíncrono. Em outras palavras, não há como participar efetivamente destes ambientes sem "carregar uma bagagem". A definição de que bagagem principal o aluno fará uso é o tutor.

Como podemos perceber, ser tutor não é tão fácil quanto parece. Fica a cargo desse profissional estabelecer que ponto-base será discutido. Tal ponto deverá ser,  no mínimo, interessante no sentido de possibilitar a discussão de um assunto por diferentes vieses, dando abertura para o compartilhmento de diferentes tipos de experiências entre os alunos. Por outro lado, sabe como é...assunto interessante, que puxa um comentário...que puxa outro e outro...e se nessa hora o tutor não der  uma freada, ou melhor uma laçada para o ponto-base, o chat já terá se transformado num caos. 

Para evitar tal caos, fica também a cargo do tutor, dar as cartas, ou seja, estabelecer as regras do jogo antes que a partida comece. Então, quantas intervenções serão feitas por cada aluno, o tipo de linguagem a ser usada, a pertinência das intervenções etc., quem estabelece é o tutor, até mesmo pelo fato de que esses estabelecimentos prévios vão servir de base para a avaliação de participação no chat.

Fazer o aluno consciente de todo esse processo fará com que o chat tenha um objetivo mais claro para o aluno e consequentemente, ele o tornará mais rico e também vai aprender no ambiente. No caso de isso não acontecer, sobra de novo para o tutor dar uma mãozinha, ou melhor, um empurrãozinho para extrair o máximo do aluno durante o chat, lógico, tendo em mente as questões afetivas.

Bem, da forma como falei, parece que vai sobrar tudo para o tutor. Gostaria de defender que, sendo organizado, o trabalho vai ficar dividido entre tutor e aluno, 50/50, como? O tutor estabelece o assunto e as regras, o aluno estuda e interage. Assim parece muito fácil e sei que não é, mas também não precisa ser um fardo. Chat bem organizado não deixa ninguém chateado!

Sobre o bate-papo: planejamento, interação e retomada

Para o planejamento de um bate-papo, é fundamental compartilhar com os alunos a dinâmica que será utilizada, dependendo dos objetivos que se pretende alcançar. Objetividade e transparência devem compor um pequeno "regulamento", para que todos os participantes possam tirar o melhor proveito desse momento de interação.

Durante a sessão de bate-papo, o tutor deverá apresentar um direcionamento nos tópicos que se pretende discutir. Da mesma forma que seleciona esses tópicos, em virtude de sua maior experiência, deve possibilitar abertura para possíveis inquietações dos alunos que não estejam necessariamente relacionadas ao temas previamente selecionados.

A retomada à interação realizada durante o bate-papo, através de texto impresso, pode constituir um momento de reflexão, conscientização e aprendizagem, sobretudo quando os conteúdos trabalhados são em língua estrangeira, oportunizando a discussão sobre a forma/função das expressões selecionadas.

Pensando sobre preparação do bate-papo e outros fatores, eu tenho humildes considerações a fazer.

Para o planejamento do bate-papo, o tutor deve fazer uma predição das perguntas e dúvidas dos alunos. Assim, ele poderá organizar o bate-papo em cima do conhecimento dos alunos e do conteúdo que ele achar que precisa de atenção.

Para estimular a interação entre os integrantes, basta permitir certas conversas paralelas de vez em quando, que são fundamentais para os alunos se sentirem confiantes. Outro artifício muito útil para estimular essa interação é uma pergunta direta a algum aluno que esteja de certo modo "calado". Pedir para esse aluno comentar a mensagem de um determinado colega ou para responder a pergunta de um colega antes do tutor responder. Isso cria um clima seguro para interação entre alunos.

Geralmente, é mais efetivo demonstrar a importância do bate-papo após um primeiro bate-papo com a turma. Através de mensagens ou nos próximos encontros presenciais, o tutor pode comentar opiniões de alunos do bate-papo ou conteúdos mencionados ou esclarecidos apenas no bate-papo. Fazer do bate-papo uma extensão da aula é um estímulo à presença e participação dos alunos.

Um bom clima entre alunos e tutor também é essencial, como foi nosso primeiro chat com a Isathai, mas para isso não tenho dicas, infelizmente.

Freire e Morin

Amor, pensamento crítico e esperança são palavras que Paulo Freire utiliza em um dos últimos textos lidos. São, também, palavras utilizadas por Edgar Morin nos "7 saberes necessários para o sec. XXI". Isso só vem confirmar que é preciso nos afastarmos da ideia tradicional(izante) de que educação é pura "transmissão" de conhecimentos, e não uma troca contínua onde (novos) conhecimentos se constituem e (re-)definem.

Vimos alguns exemplos de "chat", onde essa troca parecia não existir. É uma forma de, quiçá, cristalizar o momento de uma aula presencial, onde o professor centra toda a atenção em si, ou, sob a falsa intenção de que a atenção está no conteúdo "transmitido" - o que leva de novo o centro de atenção a si próprio. Se um tutor apresenta esta FALTA DE dinâmica num chat, provavelmente esta é a crença que o direciona na educação presencial, também. Pois aqui, voltamos à discussão dos pilares filosóficos e epistemológicos já discutidos na primeira etapa do curso de tutoria da UFC Virtual.

Urgente, então, é a necessidade de nos tornarmos mais humanizados (e não apenas hominizados), cientes de nossas falhas - bem como na capacidade de aperfeiçoamento constante - e certos de que apenas no diálogo, pode-se (re-)construir "verdades", que talvez venham a ser melhores para a humanidade do que estas que tendemos a reproduzir.

Prof. Lins
(Peço perdão pela ausência nesta aula, mas estou com uma Oficina de Prática Oral em Meruoca, onde o deslocamento não é algo fácil, além de ter tido alguns contratempos com compra de passagem e deslocamento nas últimas duas semanas por problemas com a Sra. Marylane - que todos devem conhecer!!!).

sábado, 18 de junho de 2011

Cérebro X HD
Através da figura, o professor verifica possíveis falhas para o bom funcionamento do aluno. A ferramenta na mão do professor é o meio mais rápido e simples de ajustar o aluno. Tudo muito fácil de tabalhassemos com máquinas-aluno. Na realidade do processo de ensino-aprendizagem lidamos com seres humanos com os quais os ajustes para um bom "funcionamento" não é questão de apertar ou afrouxar parafusos e nossa ferrramenta de ajuste pode até ser uma caneta (para mostrar as correções em provas e trabalhos escritos), porém o que mais deveria fazer diferença era uma correção e discussão conjunta entre professor-aluno sobre o que tem que ser melhorado. Infelizmente nem todos os professores tem esse hábito e/ou tempo para esse tipo de avaliação, ocorrendo o que a figura pode representar: uma correção mecânica apenas.
Júlio César

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Batendo papo

O planejamento de um chat envolve aspectos como a escolha de horários que atendam os grupos; a delimitação do número de participantes, que não deve ser excessivo, uma vez que a evolução da discussão pode ficar comprometida por este fator e a questão do tempo de estudo para a discussão sobre o tema proposto. A não observância de alguns desses fatores compromete em muito a realização de um trabalho proveitoso envolvendo esta ferramenta.

Durante o chat, o tutor não deve sobrecarregar os alunos com perguntas/questionamentos feitos numa tomada só, sem dar-lhes tempo para responder. Organização, direcionamento e alternância entre os papéis são fatores essenciais para a evolução da discussão, assim, estabelecer previamente a etiqueta no chat se faz necessário.

Por fim, o aluno deve ser conscientizado de que o chat é uma oportunidade em tempo real de se tirar dúvidas e de se relacionar com o grupo. Muitas vezes precisamos desse contato mais próximo do real para interagirmos e resolver problemas que até então não estavam tendo solução através das ferramentas assíncronas.

Dialogar é preciso...

Muito já se falou sobre o diálogo freiriano, assim, better late than never, darei minha contribuição:

AMOR - O amor...sem ele nada é feito. Manter uma relação cordial com os alunos é muito importante para o bom andamento de uma disciplina. Uma vez que o contato face-a-face acontece em menor escala, quando comparado à carga horária virtual, precisamos estabelecer laços a partir das interações mediadas pelo computador. Fazer-se presente, perceber o individual dentro do coletivo e conhecer as dificuldades de um determinado aluno, por exemplo, são atitudes essenciais.

HUMILDADE e FÉ NOS HOMENS - Intimamente ligados, esses dois pressupostos tratam da negociação e da autonomia, fatores de suma importância na aprendizagem colaborativa. Uma vez que questões são debatidas e negociadas, é preciso saber ouvir e muitas vezes ceder para se chegar a um acordo, resolver determinado problema. Nesse sentido, confiar no outro é dar-lhe autonomia e contribuir para o seu aprendizado.

ESPERANÇA - Relacionada ao poder de criação do aluno online, a esperança prima pela ampliação da biblioteca, da construção coletiva do conhecimento. As diversas fontes disponíveis online devem ser filtradas, desse modo, o tutor exerce um papel de suma importância para guiar o aluno no mar hipertextual. No entanto, esta não é uma tarefa apenas do tutor, uma vez que o aluno, também inserido no processo de construção do conhecimento, deve construir seu próprio banco de dados.

PENSAR CRÍTICO - As ferramentas disponíveis em um ambiente virtual de aprendizagem e os diversos modos de utilização das mesmas criam uma atmosfera propícia para o pensar crítico. Trabalhar em grupo, pensar junto e construir coletivamente geram reflexões que muitas vezes não seriam feitas por um indivíduo sozinho. Nesse sentido, os envolvidos no processo devem estar sempre abertos para o diálogo e para a percepção de novos horizontes.

Figura


Comparando a figura com práticas avaliativas podemos, talvez, em se tratando da relação professor-aluno, interpretar que a figura pode estar tentando apontar a situação na qual o professor, em uma postura tradicional, entende que o aluno, enquanto indvíduo que precisa ser avaliado, também é encarado como alguém que necessita de "reparo", precisa ser "consertado". Essa interpretação pode partir, justamente, da presança da ferramenta na mão do professor. Contudo, também consigo enxergar uma interpretação mais positiva da figura em questão. Poderíamos, da mesma forma, interpretar a presença da ferramenta que compõe o quadro como a tentativa de apontar a necessidade de um objetivo maior para a avaliação. Em outras palavras, a mera avaliação nada significa, ela na realidade tem o intuito de revelar problemas, deficiências ou dificuldades que a checagem do professor deve identificar com a intenção de beneficiar o aluno.

P.S.: Para falar a verdade, para mim, a figura não parece apresentar um professor e um aluno, mas um técnico e um homem moderno, de certa forma revelando o paradgma social no qual nos encontramos atualmente. Alguém mais também viu isso ou fui só eu?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sobre avaliação...


A figura mostra o professor observando de forma distante o cérebro do aluno. Comparando com as práticas avaliativas, podemos associar a figura aos métodos de tradicionais de avaliação que avaliam os alunos de forma quantitativa, visando apenas atribuição de nota. Quando a maioria das pessoas pensam em avaliação logo vem a mente os testes, provas, instrumentos usados apenas para medir o conhecimento do aluno. Sabemos que esta não deve ser a finalidade principal do ato de avaliar. Todo processo avaliativo deve servir para gerar reflexão tanto no professor quanto no aluno. Além disso, quando se avalia há a intenção de manter o que está bom numa determinada situação e aprimorar ou corrigir falhas apresentadas, gerando mudança significativa no processo de aprendizagem do aluno.
Hoffman (2001) defende que o processo de avaliação da aprendizagem tem o caráter de controle presente em duas dimensões: cerceamento ou acompanhamento. De acordo com a autora, “quando se controla para julgar, basta andar ao lado de alguém, observando, registrando, coletando provas do caminho que trilhou (…). Quando se acompanha para ajudar no trajeto é necessário percorrê-lo junto, sentindo-lhe as dificuldades, apoiando, conversando, sugerindo rumos adequados a cada aluno”. Desta forma, a avaliação pode ter a função de apenas registrar o que aluno aprendeu, sem que o professor interfira no processo; ou pode registrar o que o aluno aprendeu, acrescentando ao registro intervenções que o professor fará sempre que julgar necessários, fazendo de fato o acompanhamento do aluno durante o processo de aprendizagem.
A última opção é a ideal, assim como se a utilização de métodos qualitativos e formativos de avaliação. Contudo, sabemos que ainda estamos longe de atingir este ideal. Tendo em vista que a maioria dos professores lida com várias turmas, que muitas vezes são bastante numerosas, torna-se difícil aplicar uma avaliação formativa, individualizada, qualitativa, voltada para o processo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011




Batendo um papo...

Caros colegas, Considero os aspectos abaixo bastante relevantes para a realização de atividades de bate-papo:



  • Planejamento didático do encontro virtual: assim como planejamos nossos encontros de aula presencial, devemos fazer o mesmo para os encontros de “chats”, ou seja, organizar os tópicos e questionamentos que serão abordados durante realização da atividade e prever um tempo aproximado para cada tópico abordado.

  • Conscientizar os alunos sobre as regras de conduta durante o encontro de bate-papo: neste caso, foi como nossa mediadora, Isa, fez, enviando um relátorio de orientações para a realização de chat pedagógico;

  • Dividir a turma em grupos balanceados de forma que todos possam participar ativamente da atividade. Se houver uma grande quantidade de participantes em apenas uma sessão de chat, a discussão pode se tornar confusa e improdutiva.

  • Selecionar um tempo adequado para a atividade. De acordo com as orientações que recebi até agora, cada sessão deverá ter aproximadamente 60 minutos.

Acredito que, tanto para conscientizar os alunos sobre a importância de um bate-papo como para estimular a participação deles neste tipo de atividade, o tutor pode enviar mensagens que ratifiquem a importância da leitura do material para a realização da discussão, e, durante a sessão, abordar questionamentos interessantes e contextualizados. Em alguns casos, quando há alunos que não interagem com muita frequência durante a sessão, costumo me dirigir diretamente a ele, convidando-o a expressar a sua opinião sobre o assunto abordado. Infelizmente, o que ainda encontro de negativo em relação a este tipo de atividade é o fato de que os alunos ainda a encaram como um encontro para tirar dúvidas sobre a disciplina em geral (e olhe que são de todos os tipos possíveis: sobre como fazer as atividades que estão sendo pedidas, sobre as correções, sobre as notas, sobre as provas, sobre as presenças, etc). Em minhas primeiras experiências pessoais, geralmente, perdia de 10 à 15 minutos da sessão para focar a turma na discussão planejada, mas, depois de algumas práticas, aprendi a lidar melhor com isto, e não tenho mais tantos problemas atualmente, já que deixo bem claro para todos que as dúvidas extras chat serão esclarecidas após a realização de fato da atividade. Uma boa sugestão para evitar este tipo de problema seria disponibilizar obrigatoriamente em todas as disciplinas um espaço reservado para o esclarecimento de tais dúvidas (poderia ser um chat ou fórum tira-dúvidas). Consequentemente, poderíamos ter chats mais eficientes em seus objetivos.

sábado, 11 de junho de 2011



Pilares da educação diálogica freiriana



Amor e Humildade:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.” (1 Co.13) O amor é a essência da vida; é ele que nos motiva a realizar o nosso ofício: plantar sementes na vida dos educandos. Já a humildade proporciona a igualdade de papéis no contexto educacional. O professor/tutor deixa de ser o detentor do saber e passa a ser parceiro dos alunos. Cito como exemplo alguns fóruns de discussões em que muitos alunos colaboram significativamente levantando reflexões interessantes e indicando materiais extras que proporcionam aos colegas de cursos e ao tutor uma troca interativa de conhecimento.


Fé nos homens , Esperança, e Pensar Crítico:


Acreditar, esperar, lutar, fazer acontecer... É um bom começo para transformar a realidade, não concordam?! O tutor põe em prática estes elementos quando vê seus alunos como seres autônomos no processo de ensino-aprendizagem; livres para expressarem suas idéias e opiniões, esperando que a construnção do conhecimento se realize de forma coletiva. Ter esperança nos alunos é, primeiramente, acreditar que eles possam observar de forma autônoma a realidade, refletir sobre ela e transformá-la através de suas manifestações. Muitos ambientes virtuais de aprendizagem disponibilizam ferramentas que proporcionam a realização destes elementos de dialogicidade: os fóruns de discussão, as atividades de chats, as atividades de portfólios em grupos etc. Sendo assim, a indicação de material extra, o posicionamento do tutor e dos próprios colegas sobre as reflexões postadas, o direcionamento de discussões e o incentivo à exposição de opiniões são ações tutoriais essenciais que valorizam a dialogicidade freiriana de acordo com estes elementos.

Chatting

Alguns aspectos que devem ser considerados para o bom funcionamento de um chat são:
  • Fornecer algum material previamente para que a discussão na fique na área do "achismo".

  • Lembrar os alunos da importância da leitura prévia do material para o bom funcionamento do chat.

  • Deixar claro que a ferramenta é síncrona e rápida, não podendo ser tomado tempo com explicações detalhadas para que não vire uma aula expositiva online. (quando o chat for tira dúvidas, o aluno também já dever ter estudado o conteúdo previamente, levando apenas os pontos obscuros para a discussão)

Devemos, porém, não abusar da utilização dessa ferramenta, pois a falta de contato físico visual entre os participantes e o uso da linguagem escrita no lugar da falada para esse tipo de discussão ode se tornar cansativo e afastar os participantes de uma participação ativa nesse tipo de atividade. Acredito que para uma boa discussão o melhor jeito ainda é o contato ao vivo, não ignorando o poder de uma ferramenta online como o chat.
Júlio César

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dialogicidade...


Os autores do texto Dialogicidade em práticas interativas da área de exatas compreendem o diálogo numa perspectiva de valorização mútua, em que todos os envolvidos desempenham um papel importante na construção do conhecimento, valorizando a construção de relações humanas durante o ato educativo, o que pode diminuir o isolamento típico da EAD.
O diálogo na perspectiva freiriana envolve cinco elementos amor, humildade, fé nos homens, esperança e pensar crítico. Priscila David e José Aires Castro Filho traduziram os cinco elementos do diálogo freirirano em cinco parâmetros: afetividade, simetria discursiva, valorização da autonomia, exercício da autonomia e reflexividade crítica.
O primeiro parâmetro, afetividade, corresponde ao amor. Em fóruns e chats este parâmetro pode ser identificado a partir de elementos lingüísticos e paralinguísticos que traduzem os sentimentos dos interlocutores. Para exemplificar este parâmetro, eu cito mensagem do nosso colega Tom no Fórum Bom dia. Em uma das mensagens ele postou uma imagem de um sol na janela e acima da mensagem tinha a expressão BOM DIA!
O parâmetro simetria discursiva está relacionado à humildade. A ocorrência deste parâmetro demonstra uma igualdade de papéis entre os interlocutores, ou seja, não há utilização de linguagem que demonstra hierarquia dentro do grupo. Como exemplo, cito a participação da nossa tutora no rodízio de fóruns. Ela participou de todos os fóruns adotando uma postura que não denotou superioridade nem arrogância, por esta em uma posição superior a dos cursistas.
O parâmetro de valorização da autonomia associa-se à fé nos homens. De acordo com David & Castro-Filho (2009), este parâmetro é observado apenas nas mensagens do tutor. Podemos perceber a ocorrência deste parâmetro em mensagens que o tutor motiva a participação do aluno, questionando, levando-o a refletir sobre o conteúdo. As perguntas que a nossa tutora fez, via ferramenta mensagem, para serem discutidas neste blog compõem um exemplo de valorização da autonomia.
O quarto parâmetro é do exercício da autonomia. Este parâmetro relaciona-se ao princípio da esperança. Enquanto o parâmetro valorização da autonomia é aplicado às mensagens do tutor, o parâmetro exercício da autonomia é aplicado aos turnos de fala dos alunos. O exercício da autonomia é verificado nas mensagens que revelam o interesse pelo aprofundamento dos conhecimentos, revelando uma postura proativa do aluno em busca de elementos que enriqueçam o debate. Este parâmetro pode ser exemplificado a partir de leituras extras que os próprios alunos propõem.
O último parâmetro, reflexividade crítica, corresponde ao pensar crítico. Este parâmetro é observado em mensagens que demonstram reflexão a respeito de um tema que está em discussão. A reflexividade pode ser intrapessoal e interpessoal. As reflexões intrapessoais evidenciam apenas a forma de pensar do emissor, sem fazer relação com o comentário de outros interlocutores. Já as reflexões interpessoais evidenciam uma reflexão do interlocutor sobre uma mensagem de um colega. Por exemplo, no chat em que o aluno apenas posta sua reflexão sobre o texto indicado para estudo, sem se preocupar em relacionar suas idéias com as ideias expostas pelos colegas, observamos a presença apenas da reflexividade intrapessoal.
Pensando nos parâmetros, surgiu às seguintes questões em relação à autonomia: Será que como tutores temos realmente a preocupação de valorizar a autonomia do aluno? E será que nossos alunos exercem a autonomia de forma satisfatória?

Chat...


Em um planejamento de uma seção de chat o tutor deve pensar em ações a serem realizadas antes, durante e depois da seção. Antes da seção de chat o tutor precisa estruturar como ocorrerá a atividade, determinando alguns pontos que serão discutidos com os alunos e estipulando um tempo aproximado para o debate de cada tópico. Esta ação ajuda a otimizar o tempo. Durante a seção, é importante que logo no início o tutor oriente os alunos sobre a utilização da ferramenta e dê informações que julgue necessárias para o bom funcionamento do chat. Após o chat, o tutor pode enviar um relatório geral sobre a participação dos alunos, destacando os principais pontos discutidos.
Para que o aluno tenha consciência da importância do chat, é preciso que o tutor também se conscientize da importância desta ferramenta. Além disso, é preciso que o tutor saiba lidar com a ferramenta para conduzir as discussões de forma a promover o diálogo entre os alunos e não apenas formar uma lista de pensamentos isolados.

terça-feira, 7 de junho de 2011


Amor: Sendo o amor considerado, também, como o compromisso com os homens, esse é atualizado pelo tutor em sua função, uma vez que sua prática pedagógica deve refletir respeito e cumplicidade com os demais participantes do processo de ensino-aprendizagem, alunos e professores coordenadores.

Humildade: A humildade deve estar presente nas atitudes do tutor ao interagir com seus alunos. A consciência de que o tutor também pode aprender com os demais participantes do processo de ensino-aprendizagem já consiste em um primeiro passo para o alcance da postura humilde que compreende a atuação de um bom tutor.

Fé nos homens: O poder de (re)fazer e de (re)criar entra em ação na função do tutor na medida em que ele se compromete e assume sua responsabilidade, aceitando a natureza flexível da Educação a distância.

Esperança: A esperança é o que faz com que a maioria dos tutores ainda permaneça em suas funções. Afinal, não seriam as condições de trabalho, nem mesmo o retorno financeiro resultante de suas ações, que ainda não são satisfatórios.

Pensar crítico: O pensar crítico deve ser motivado pelos tutores independentemente da natureza da disciplina em estudo. Muito possivelmente, conteúdos de natureza menos flexível, exatos, etc. podem não possibilitar um diálogo mais reflexivo e resultar em posturas críticas. Isso não acontece com os temas abordados durante o processo de ensino-aprendizagem de línguas (materna/estrangeira).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Chat

Organização é fundamental para o bom andamento de um chat! É necessário não só que nos organizemos antes do chat, mas também durante o mesmo. Nos chats convencionais conversas paralelas se estabelecem possibilitadas pelo acompanhamento que os indivíduos fazem entre si a partir de seus nicknames. Recursos como sinal de alerta a cada momento que uma mensagem é direcionada a você, ou a cada vez que seu nome é mencionado em algum lugar da tela são alguns dos recursos que ajudam a organizar o caos que o chat parece ser. Muitas vezes os chats não dispõem desses recursos e, mesmo assim, as pessoas são capazes de se organizar, simplesmente acompanhando os nicknames de seus conhecidos, em chats convencionais que chegam a reunir milhares de pessoas. O problemo com o bom andamento dos chats educacionais é a falta de familiaridade dos alunos e professores com o gênero em questão.

O principal problema do chat é que, como tutores e alunos não estão familiarizados com tal gênero, eles não conhecem as regras necessárias para seu bom funcionamento. Um usuário de chats reais (ex.: uol, bol ou IRC) assimilou tais regras naturalmente. Portanto, no ambiente educacional, sem a experiência real no gênero, acaba acontecendo de todos tentarem se expressar, "falar", ao mesmo tempo e não ler o que os outros produzem, não havendo interação real de fato (que é base da existência desse gênero). Para que haja interação de fato, não basta que os professores simplesmente estimulem a produção dos alunos, ou a troca pontual de idéias entre um e outro sujeito. O que precisa haver é uma dinâmica bem definida, dividida em pequenos grupos e pautada em subtarefas que estimulem a troca de informações entre indivíduos desses pequenos grupos. Sendo, ao final, necessário, reunir o grupo como um todo para que as discussões em grupos sejam resumidamenete expotas por representantes e assim atinjamos um objetivo maior, que seria a razão para a necessidade do encontro.

A única forma de verdadeiramente demonstrar o quanto os bate-papos são relevantes para as situações virtuais de aprendizagem seria realizando tais encontros de forma tão eficiente que os alunos se sentissem satisfeitos ao final de cada um deles e fossem, também, capazes de perceber que de fato a construção do conhecimento se deu naquele momento de interação.

domingo, 5 de junho de 2011

Nosso ofício

Amor, humildade, fé nos homens, esperança e um pensar crítico

Se todos tivéssimos as qualidades acima, faríamos um trabalho grandioso, deixaríamos o mundo melhor, ou pelo menos uma pequena parcela dele.


Amor e Humildade

Antes de aceitarmos nossa profissão devemos ter amor a ela e vê-la de modo dialógico, simétrico e perfeitamente vivável. Devemos aceitar que não somos os donos da verdade e que ouvindo os outros podemos aprender muito mais que ensinamos.

Esperança e Fé nos homens

Na medida em que nos tornamos professores devemos manter dentro de nós a vontade de mudar o mundo e podemos fazer isso apenas usando a palavra. Mas antes de tudo, devemos confiar no outro e nas suas capacidades, nunca substimá-lo.

Pensar crítico

Quando menos esperamos, vamos encontrar no outro a nossa semente, mas esta não está da mesma forma que a deixamos, ela cresce e se transforma em árvores com raízes fortes, quem sabe até não formamos professores e daí o ciclo renascerá, melhor quem sabe.

Chat(o)


A ferramenta de interação chat virtual é uma das ferramentas mais usadas na internet(acredito que hoje só perde para as redes sociais que agregaram a ferramenta em sua interface), no entanto, observamos que quando o chat será usado para fins educacionais nossos alunos e boa parte dos tutores não estão aptos ou não querem Chatear...
Muitos alegam que o chat é chato, que não conseguem acompanhar o ritmo e que não entendem nada. Não sei qual é a justificativa dos tutores que não gostam, mas imagino que seja algo parecido. De fato, o chat precisa que tutor e alunos tenham o compromisso de estarem no mesmo horário disponíveis e como tempo é algo que anda em falta no mercado, muitos acabam achando que o chat é perda de tempo.
Para tentar mudar essa concepção, procuro seguir um planejamento de chat, anoto questões relevantes ou temas que são discutidos na aula e começo a soltar as perguntas e temas aos poucos. Espero a manifestação dos alunos e a partir desta eu tento respondê-los ao passo em que vou vendo as mensagens na tela. Ás vezes demora, mas na maioria das vezes não, pois procuro trabalhar com poucos alunos por chat.
Acredito que antes de tudo, o professor conteúdista deve manter chats na disciplina, mas esses devem tratar de textos ou temas específicos ou mesmo um tira-dúvidas. Nunca proporia um chat sem nada definido. É preciso também que este chat valha presença, caso contrário não teremos interlocutores, os alunos, quando sabem que não vale nada, não aparecem, esse para mim é o maior estímulo de participação.
Para terminar, acredito que o aluno só terá consciência da importância do chat, caso o tutor e o professor conteúdista concordem que ele é importante, caso contrário teremos salas vazias de gente e de conteúdo.

sábado, 4 de junho de 2011

Esperança! Vamos descomplicar?

"A verdadeira educação consiste em por a descoberto ou fazer atualizar o melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?" (Mahatma Gandhi)

Exemplos bons de esperança? Todos os dias com aqueles profissionais que ainda acreditam nos indivíduos e na educação como solução para várias mazelas sociais e continuam realizando seu trabalho.
Júlio César

Fé nos homens de mãos dadas com amor e humildade!

"Só poderemos melhorar o mundo distribuindo a verdadeira fé entre todos os povos do mundo." (Leon Tolstoi)

Exemplos vários podem ser dados aqui, desde que professores apontem falhas de seus alunos no desejo que esses melhorem das próximas vezes em que se depararem com situações semelhantes. A "correção de exercícios" ou o "apontar de falhas" devem ser na verdade crença de que os alunos podem e vão fazer melhor nas próximas vezes.

Um fator importante é a maneira como o profesor expõe suas dicas de melhoria. O amor a sua profissão e a humildade em reconhecer um ser humano igual a você do outro lado do processo pode ser algo utópico para a grande maioria, mas é totalmente reconfortante para a minoria que a realiza.

Júlio César

Professor aprendiz

"O reconhecimento da própria ignorância é a primeira prova de inteligência." (Santo Agostinho)

Professor e aluno devem andar de mãos dadas. Ambas as partes devem reconhecer no professor apenas um agente momentaneamente mais treinado em aspectos de uma determinada área. Ao colocarmos esse pensamento em prática, caminhamos lado a lado com nosso aluno e ele se sente responsável também pelo caminhar da disciplina ou do curso. Não há nada de errado nisso, afinal educação necessita de dois agentes (professor e aluno).

É gratificante para o aluno quando traz alguma experiência ou conhecimento para a sala de aula e o professor o compartilha com os outros alunos. Há aí um reconhecimento da importância da individualidade de cada um e uma maior aproximação entre o ser que supostamente sabe "tudo" e o que não sabe "nada". Trazer esse apendizado para o ambiente virtual é algo importante uma vez que muitos dos alunos nessa modalidade ainda encontram dificuldade em lidar com as ferramentas tecnológicas.

Júlio César

O AMOR DE PAULO FREIRE

"Tornar o amor real é expulsá-lo de você, pra que ele possa ser de alguém." (Nando Reis)

Por certo que devemos trabalhar embasados em conhecimentos teóricos. Contudo o processo de ensino-aprendizagem pode ser facilitado, e muito, se trabalharmos também com amor. Amor ao que fazemos, amor em como fazemos e amor para quem fazemos. Se isso é fácil, não sei ao certo, porém é preciso. Por que que apenas os alunos devem se esforçar para aprender? Os educadores devem servir de exemplo para seus alunos e diante de "dificuldades" inerentes a profissão, mostar na prática como é gratificante e possível nosso crescimento cultural e intelectual.

Ao nos utilizarmos do amor como ferramenta e nossa tarefa de educação à distância, acredito que ajudaremos nossos alunos na construção ou melhoria da autonomia no processo de aprendizagem, obtendo melhores resultados e formando indivíduos cientes de seu potencial. Temos por obrigação estimular os alunos para que depois dos primeiros passos com a ajuda de um professor e um curso formal, ele deve andar por si só e a partir de então construir verdadeiramente sua estrada de conhecimento. Cada indivíduo, e apenas ele, determina que caminho seguir e se ele deve seguir. Nós professores podemos e talvez devamos ser estímulos para nossos alunos, mas não podemos aprender por eles.

Acreditamos que um diálogo aberto e direto com nossos alunos sobre seus pontos fortes e fracos, além de dicas de como se movimentar nesse "novo" ambiente de ensino, ajudaria na formação de uma auto-estima elevada e consequentemente na utilização de sua autonomia como ferramenta de aprendizagem.

Júlio César

Elementos da dialogicidade freiriana

Oi pessoal,

Conforme essa nova atividade nos pede, venho trazer aqui para o nosso "diário de bordo" uma situação que essa discussão - sobre os elementos da dialogicidade segundo Paulo Freire - me trouxe a mente. Vou tratar de uma situação que me marcou bastante, no entanto, infelizmente, tratam-se de marcas negativas, visto que a situação da qual pretendo falar ilustra um momento, em EaD, onde tais elementos apontados por Freire, tão importantes na relação educacional, em realidade, faltaram. Vamos ao caso em si.

Quando comecei a atuar na EaD, houve uma pequena confusão entre os alunos recém-ingressos no curso. Na realidade a confusão foi simples, mas não pequena, pois levou a problemas sérios, em alguns casos, até à reprovação. Esses alunos estavam concluindo a disciplina "Educação a distância" enquanto aguardavam pela próxima disciplina começar. As disciplinas subsequentes seriam "Língua Inglesa 1B" e em seguida "Língua Inglesa 1A", exatamente nessa ordem. No entanto, os alunos, por uma questão de lógica, presumiram que a primeira disciplina seria, evidentemente, a 1A, que seria posteriormente seguida pela 1B. No próprio solar, na tela subsequente ao login, era exibida uma tela que mostrava todas as disciplinas nas quais os alunos estavam matriculados. Nessa mesma tela a disciplina 1A era seguida da 1B, o que ajudava ainda mais a reforçar o engano. Portanto, na época, quando os alunos iam checar se a outra disciplina já havia iniciado, eles, simplesmente, clicavam na disciplina (Língua Inglesa 1A) logo abaixo da primeira (Educação a Distância). Resultado, os alunos só perceberam de fato o que estava acontecendo quando a disciplina 1B já havia começado fazia tempo, perdendo as primeira aulas e primeiras atividades.

Tão logo percebemos o problema, eu, enquanto tutor presencial, e os alunos procuramos resolvê-lo. Tivemos a preocupação de não atropelarmos instâncias e portanto recorremos primeiramente ao tutor semipresencial da disciplina. Explicamos a situação e pedimos um oportunidade para que os alunos pudessem ler as aulas iniciais e entregar as ativiades perdidas. Contudo, a tutora em questão se mostrou irredutível, agumentando que havia mandado mensagens tanto via solar, quanto por e-mail para os alunos, para que eles acessassem a disciplina. Outro argumento apresentado pela tutora foi que eles deviam ter acessado o cronograma de atividades.

Argumentamos de volta, mostrando que, primeiramente, as mensagens enviadas via solar de nada serviram, visto que os alunos estavam concentrados na disciplina 1A, por acharem que essa viria antes da 1B, checando somente a caixa de entrada da 1A. Já em relação aos e-mails pessoais, venhamos e convenhamos, muitas pessoas instruídas não sabem usar seus e-mails pessoais apropriadamente, o que era o caso de alguns desses alunos que não possuíam muita familiaridade com a internet. No caso em questão, os emails pessoais enviados pela professora iam direto para o spam e, como os alunos nunca foram instruídos a respeito da necessidade de se checar spams, esses e-mails passavam desaspercebidos. Muitos alunos nem ao menos sabiam o que eram spams. Havia ainda um agravante, o email da professora era um nome feminino seguido da palavra "mulher", como "alexandrina_mulher@qualquercoisa.com" (exemplo meramente ilustrativo sem referência real ao e-mail da professora). Alguns alunos que chegaram a ver tais e-mails não os abriram achando que se tratava de conteúdo pornográfico (seria cômico, se não fosse trágico). Já em relação ao cronograma de atividades, esse não se encontra no solar e sim em um outro site, o site http://www.virtual.ufc.br/portal/cursos.aspx, a respeito do qual os alunos não tiveram nenhuma orientação e, nem mesmo eu, tutor presencial, sabia a respeito, visto que os tutores presenciais não recebem instruções antes de começarem a atuar. A única instrução que os alunos receberam nesse sentido era que deviam checar com frequência a agenda da disciplina, que só mostra datas próprias e não de outras disciplinas. A tutora ainda assim se mostrou irredutível.

Resolvemos, então, levar o caso para a professora coordenadora da disciplina. Essa simplesmente disse estar de mãos atadas quanto à situação, não podendo ir contra a decisão da tutora. Claro que insistimos, mas ela também se manteve irredutível. No final, quando levamos o caso a coordenadora do curso, muito tempo já havia se passado e a situação estava dificílima de se resolver, agora mais que antes.

No que mais insistiram tutora e coordenadores foi que os alunos ainda teriam uma chance se mantendo no curso, fazendo todas as atividades e tirando notas boas. Na minha opinião o que faltou foi diálogo, o que faltou foi os elementos de que trata Freire: amor, humildade, fé nos homens, esperança e, um pensar crítico. Ora, todos nós sabemos como é difícil aprender uma língua nova, imagine começar de forma abalada. Bastava pensar um pouco, imagine alunos que perderam as primeiras unidades de um curso de uma língua estrangeira tendo que pegar o bonde andando e dar continuidade ao curso. Enquanto eles aprendiam sobre o conteúdo novo, o que já era muito difícil, pois não tinham a base que vinha do conteúdo anterior, tinham que voltar às unidades perdidas, estudar tudo aquilo, tudo isso enquanto davam continuidade às novas atividades. O resultado final foi desistências e reprovações, claro que não de todos, pois, como alguns eram inclusive professores de inglês, conseguiram dar a volta por cima. No fim foi duro ainda ouvir como justificativa o fato de que "se alguns conseguiram, todos podiam", mesmo quando, nesse caso específico, era possível enxergar bem as diferenças de níveis.

Até hoje me sinto mal pelo que aconteceu. Na minnha opinião vi mais uma injustiça sendo cometida. Não culpo tutores e coordenadores pelo que aconteceu, quem conhece os coordenadores sabe dos inúmeros problemas que esses precisam resolver diariamente na EaD. Sabem das inúmeras desculpas falsas que ouvem todos os dias de diversos alunos que tentam burlar regras para passarem sem esforço, e o que é pior, sem aprendizagem, por uma graduação. Na minha opinião, mais culpado é o sistema que nos é imposto. Nós professores acabamos sendo impelidos a fazermos muito ao mesmo tempo. Somos abarrotados de tarefas e, no fim, acaba sendo mais prático acreditar que os alunos erraram e que, portanto, pagarão por isso, do que sentar, refletir e discutir se seria justo que esses alunos pagassem por tal fatalidade. Não havia tempo para tanto, muito menos para que consertássemos tal fatalidade. A tutora por exemplo, teria que corrigir as novas atividades e as atividades antigas. Como seria isso? Isso não seria problema se ela realmente dispusesse de tempo enquanto professora.

No fim, para mim, faltou diálogo real, faltou os elementos de que trata Freire: amor, humildade, fé nos homens, esperança e, um pensar crítico. Não houve espaço, no tempo de que dispúnhamos, para tanto.