segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pra tudo se tem uma primeira vez


Em 2007, fui convidada pela minha orientadora a participar de um curso de formação de tutores em Educação à Distância. O curso foi ótimo, entrei para um mundo novo, sem muitas resistências, mas com algumas desconfianças, muito em parte pelas crenças sobre as pessoas, em geral, têm à respeito do que seja Educação à Distância. A oferta da minha orientadora deveu-se ao fato de ela precisar construir uma equipe de tutores para a sua disciplina que seria iniciada no mesmo ano. Desse modo, eu mais nove colegas embarcamos nessa aventura com muita vontade de fazer acontecer.
Meu pólo foi São Gonçalo do Amarante, município da região metropolitana, que na época tinha disponível uma pousada muito aconchegante. Cheguei cedo e fui conhecer a cidade, muito ansiosa li todo o material umas dez vezes antes de começar a aula. Lá, a turma já era veterana, eles estavam no terceiro semestre, eu acho, e eu com a minha primeira experiência em ensino à distância e em um curso de nível superior.
Como diz o matuto: eu estava tremendo nas bases.
Mas embora o nervosismo tenha me afetado, acredito que tudo transcorreu muito bem. Os alunos demonstraram que aprenderam, que gostaram das aulas e da forma que conduzi o curso. Muitos, até hoje, quando me veem no pólo, recordam como foi bom e como gostariam de me ver de novo atuando com a turma deles. Eu digo o mesmo, pois fomos crescendo juntos, cada um em caminhos paralelos, que se cruzaram em algum momento. Não sei se eles aprenderam muito comigo, mas eu aprendi muito com eles.

11 comentários:

  1. Olá Geórgia, Gostei muito do sua experiência, quer dizer de seu depoimento. Muito bom quando temos a sensação do dever cumprido. Minha primeira experiência também teve esses louros, embora bem no final. Hoje sinto como se cada vez fosse a primeira.

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  2. Tenho também boas recordações de São Gonçalo do Amarante. Esse nervosismo inicial também senti. Aliás, toda turma nova gera um pouco de ansiedade, na minha opinião.

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  3. Fico realmente feliz quando vejo pensamentos assim e muito mais ainda porque o que voce concluiu...é o que sempre concluo, aprendi muito com eles! Eu tenho aprendido muito...é uma sala de aula diferente que nos dá uma visao e até podemos experimentar o que há fora dela quando ainda estamos dentro dela...é louco! :D

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  4. Tom, Franciclé é verdade. Parece que cada turma é a primeira vez. Antes de começar fico com aquela ansiedade, depois vai passando. Parece artista com receio de palco, mas no final tudo parece dar certo.

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  5. Priscila, acho que a melhor coisa quando finalizamos um trabalho é a sensação de dever cumprido, paga mais que as bolsas da EAD, e a cada experiência, a gente aprende mais e mais.

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  6. That's true! Não existe nada mais satisfatorio do que olharmos pra tras ou um pouquinho que seja para tras e ver que alcançamos alguns e aprendemos com eles...nao existe dinheiro no mundo que pague isso, nao é?:DDDDD

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  7. Achei seu depoimento muito verídico. Também fui a São Gonçalo há uns dois anos para uma disciplina de História da Língua Portuguesa e aprendi tanto com os alunos e a disciplina, que ainda tenho boas memórias desse momento.

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  8. Eu vivo em São Gonçalo, mas nas turmas de Letras / Português. Coleciono experiências de lá. Gosto muito!

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  9. Gente concordo que a satisfação da troca que só o trabalho como educador proporciona é algo fantástico, mas tomemos cuidado para não pensarmos que somos vocacionados e redentores em nossa prática. Até parece que se não recebêssemos pelo trabalho, nós o faríamos. Será que sim?

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  10. Bom, Tom, já trabalhei de graça algumas vezes, não que eu não precise do dinheiro, claro que preciso e claro que ele é um baita incentivo, mas não paga o trabalho que literalmente levamos para casa, nem a presença constante, mais que daríamos em sala de aula presencial. Digo, muita gente recebe a mesma coisa, mas nem todo mundo trabalha com a mesma vontade e dando a mesma atenção que procuro dar aos meus alunos. Não tenho a pretensão de ser mais que ninguém, aliás tenho muuuuuuito o que aprender e acho que a oportunidade de discutirmos a nossa docência vai ajudar muito nisso.

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  11. Concordo com você Geórgia e creio que uma das coisas que nos favorece quando discutimos nossa prática é a de nos apropriarmos de um discurso com o qual concordamos, o da educação dialógica e de qualidade. Também dou muita atenção ao meu aluno. Somente não concordo com a idéia de que temos que ser os bonzinhos enquanto todo o resto é mau conosco. Um exemplo, o professor não recebeu o salário numa escola particular por não haver entregue um plano que não foi solicitado. ele não foi trabalhar por não ter recebido e o dono da escola ligou pra ele dizendo que o demitiria. Nesses casos, nem todo o amor por nossos alunos resolve.

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